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Comissão Europeia diz que MDD são complementares às MDF

Por a 14 de Abril de 2011 as 16:40

A Comissão Europeia acaba de publicar um estudo sobre o impacto das Marcas da Distribuição (MDD) na competitividade do retalho alimentar. De acordo com esta publicação, as MDD trazem um “estímulo e valor acrescido à I&D, marketing e design, ao nível do retalho, mas também da indústria, através de uma maior concorrência. Este valor acrescido aplica-se também à criação de emprego, com a aposta nestas novas áreas, outrora com pouca expressão na distribuição moderna”.

O estudo demonstra que as MDD são “complementares” às Marcas de Fabricante (MdF), na medida em que “preenchem lacunas na oferta do mercado” ou são “pioneiras em novas categorias”. Segundo indica o estudo conduzido por um instituto de investigação independente da Holanda, o Landboum-Economish Instituut (LEI), as MDD conseguem criar valor no mercado, ao introduzir novos sabores, packaging e produtos premium.

Nesta publicação, são referidos os benefícios das MDD no retalho e afastadas as acusações de que estes produtos desequilibram as relações de mercado entre fornecedores e distribuidores.

O estudo confirma ainda que “a viabilidade da indústria alimentar não está em causa” e, sobretudo, que a rentabilidade desta não diminuiu como resultado da concorrência das marcas da distribuição.

Para o presidente da APED, Luís Reis “este é mais um estudo que vem confirmar os benefícios das marcas da distribuição na economia. É ainda de realçar o principal beneficiado com as MDD: o consumidor. As marcas da distribuição estão a travar o aumento da inflação, oferecendo uma excelente relação qualidade-preço e uma maior liberdade de escolha, aumentando a variedade no mercado”.

Uma das polémicas que tem sido recorrente refere-se à falta de indicação do nome do fabricante nas MDD, não representando tal, segundo indica o estudo, “qualquer perda de valor para os fabricantes”. As conclusões do estudo apontam mesmo para o facto de uma legislação neste sentido poderia até ser “penalizadora para empresas que produzem simultaneamente para a distribuição”.

Ou seja, tal indicação poderia ter mesmo um efeito “negativo”, especialmente pelas PME, que “beneficiam de encomendas em grandes quantidades da distribuição, permitindo-lhes optimizar a capacidade de produção, a produtividade e os custos de produção”.

 

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