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Entrevista a Helena Martins, Responsável do Continente Ice

Por a 11 de Outubro de 2010 as 15:36

“Vamos abrir mais 3 lojas até ao final do ano”

O mercado de ultracongelados vale mais de 500 milhões de euros em Portugal, sublinha Helena Martins, responsável do Continente Ice, para justificar a mais recente aposta da Sonae no retalho alimentar. Em entrevista por e-mail ao Hipersuper, a responsável passa a pente fino os atributos  do novo conceito, enumera os critérios para a selecção das marcas, e traça o plano de expansão da insígnia que ambiciona criar uma cadeia de lojas de Norte a Sul do País, centrada nas zonas urbanas de algumas cidades.

Hipersuper (H): Porque é que o Continente decidiu abrir uma loja de ultracongelados?
Helena Martins (H.M.):
Numa fase em que o consumidor procura cada vez mais proximidade e soluções de refeição práticas, rápidas e de qualidade, entendemos que existia uma oportunidade de mercado para o lançamento de uma cadeia de lojas especializada em produtos ultracongelados. Este conceito permite explorar um segmento de mercado até então inexistente a nível nacional.

H: Qual o motivo da escolha de Campo de Ourique para a estreia da insígnia?
H.M.:
A oportunidade surgiu neste bairro tradicional de Lisboa, com grande densidade populacional, na Rua Ferreira Borges, a sua principal rua.

H: Quais os conceitos que definem este novo formato?
H.M.:
As lojas Continente Ice pretendem posicionar-se como especialistas em ultracongelados, com uma gama alargada de produtos, preços competitivos e ainda com promoções e vantagens associadas à utilização do Cartão Continente.
Com soluções rápidas, práticas e saborosas para as refeições de todos os dias, pretendemos estar onde estão os clientes e facilitar-lhes a vida. O objectivo é abrir lojas nos grandes centros urbanos, levando todas as vantagens dos ultracongelados do Continente para próximo dos consumidores.

H: Qual o plano de expansão? Com que modelo de negócio? Quantos postos de trabalho visam criar?
H.M.:
Está previsto abrirmos mais uma unidade em Outubro, no Porto, e, até ao final do ano, estão previstas mais duas, também em Lisboa e Porto. O objectivo será a criação de uma cadeia de lojas de cerca de 200 metros quadrados, de Norte a Sul do País, centrada nas zonas urbanas de algumas cidades.
Vamos criar, até final do ano, 20 novos postos de trabalho, uma média de 5 novos funcionários por loja.

H: A oferta da loja é comparável à de uma grande superfície Continente? Quais os segmentos mais dinâmicos?
H.M.:
As lojas disponibilizam a mesma oferta de produtos ultracongelados de uma loja Continente, uma gama extensa que inclui, entre outros, refeições prontas, sobremesas, snacks, legumes, frutas, carne, pão e mariscos. Com mais de 800 referências, os segmentos mais dinâmicos são as refeições preparadas e as sobremesas e gelados.

H: Quais os critérios na selecção de marcas?
H.M.:
A avaliação das entradas em linha das várias marcas têm como pressuposto a melhor oferta que satisfaça as necessidades do consumidor: qualidade, preço, inovação e benefício. Para o mesmo tipo de produto, com custos semelhantes, damos prioridade a produtos nacionais. Desenvolvemos um símbolo de produtos nacionais que irá começar a aparecer nas embalagens dos nossos artigos. Desta forma, o cliente sabe a origem do que está a seleccionar.

H: Como define a nova loja?
H.M.:
Os atributos que definem as lojas Continente Ice são a especialização em produtos ultracongelados, a variedade, a proximidade e o atendimento personalizado.
Destacamos ainda alguns serviços inovadores, como o espaço de degustação, que permite aos clientes aquecer as refeições compradas na loja ou a experimentação no local. Além da realização de cursos de culinária nas lojas, degustações de produtos inovadores e reserva de produtos.
São lojas com um layout moderno e dinâmico que pretendem ser espaços onde os clientes se sintam confortáveis.

H: Quem é o consumidor da Continente Ice?
H.M.:
Todas as pessoas que vivem na área de influência das lojas, pessoas que estejam de passagem ou quem trabalha nas suas imediações. Queremos ser uma loja de conveniência e de vizinhança, não só pela sua proximidade geográfica com os clientes, mas também pela variedade e qualidade da oferta. Queremos construir uma forte relação com a comunidade envolvente, oferecendo boa qualidade de serviços e prestando atenção especial a quem nos visita.

H: Que balanço faz do sector dos ultracongelados no último ano?
H.M.:
Fruto da actual conjuntura e do ritmo de vida verificamos que se têm registado algumas mudanças nos comportamentos de compra dos portugueses, nomeadamente a nível da alimentação dentro do lar que tem vindo a crescer em detrimento das refeições fora de casa. O consumidor procura também, cada vez mais, soluções de refeição práticas, rápidas e de qualidade.
Por este motivo, este mercado tem vindo a verificar um crescimento bastante significativo em Portugal, valendo actualmente mais de 500 milhões de euros.

H: Quais os principais desafios deste sector?
H.M.:
Desenvolver produtos novos, com qualidade e preços acessíveis.

H: Qual o investimento feito na loja? E a previsão de facturação até ao final do ano?
H.M.:
Essa informação não está disponível.

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