‘The big picture’ ou o impacto dos grandes formatos

A publicidade e a comunicação digital estão a ficar cada vez maiores e mais arrojadas. Maiores até que os próprios espaços onde os clientes se movimentam e suficientemente arrojadas para lhes chamar a atenção a grande distância.

Falo dos ecrãs de LED de grandes dimensões e de uma notícia recente que dava a conhecer a colocação de um destes ecrãs na totalidade da fachada de um edifício de escritórios e retalho, com 33 andares, que será visível a mais de 1,5 Kms de distância. O equipamento será destinado ao entretenimento e emissão de mensagens publicitárias de empresas e informações governamentais – um mix com sucesso garantido.

Estas soluções de comunicação estão a ser utilizadas de forma bastante inovadora, potenciando o entretenimento dos clientes e tornando a sua experiência de visita cada vez mais abrangente. Já não nos ficamos apenas pelo entretenimento dentro dos espaços comerciais, estando este a ultrapassar as suas fronteiras físicas para ganharem vida nas paredes exteriores.

Longe vão os tempos da inovação criada pelo ecrã da Praça Sony, durante a Expo98. Hoje em dia, estes equipamentos espalham-se um pouco por toda a parte, assumindo um papel dificilmente inigualável na criação de novas oportunidades de comunicação – desde a emissão de eventos desportivos ou culturais no interior ou exterior dos espaços, até à divulgação de campanhas e promoção de marcas e produtos. Tudo é possível e a imaginação é o limite, associando a diversão e o entretenimento à empresa que o torna possível.

Chamar a atenção mesmo antes da entrada no espaço está a ser um conceito com cada vez mais adeptos entre os grandes espaços de retalho. Este segmento de mercado tem à sua disposição o espaço físico para a sua implementação, tem uma significativa massa crítica de visitantes e as estratégias de comunicação tendem a ser cada vez mais diferenciadoras e inovadoras. Estão reunidos os elementos essenciais para a proliferação deste meio, que não é novo mas está agora a ganhar novo fôlego.

Para além do potencial residente no retorno do investimento, traduzido em vendas directas dos produtos e serviços anunciados desta forma, o impacto destes meios é tremendo e pode mesmo tornar-se numa fonte de receita – dependendo do arrojo – quase tão grande como o próprio negócio que lhe deu existência e espaço.

Estamos a ver nascer no nosso mercado um meio grande (e um grande meio) para nos tornarmos cada vez mais visíveis. Porque a visibilidade também vende, promove e deixa marca em quem passa. Está a chegar o momento de o retalho – principalmente este – passar a usar o tamanho XXL.

Carlos Leitão, Key Account Professional Solutions Europe, Sony Portugal