Conselho dos Notáveis

Conselho dos Notáveis

Por a 16 de Fevereiro de 2007 as 18:14

 Das visitas à China e Índia por parte do Presidente da República e Primeiro-ministro, respectivamente, a conclusão é simples: bem trabalhados, estes dois mercados são importantes para as nossas exportações. Além disso, a célebre frase de Manuel Pinho, ministro da Economia, bem como o Fórum da APED, o Top 250 do retalho mundial e a reestruturação do sector do vinho, foram temas deste Conselho dos Notáveis.

1.O Presidente da República e o Primeiro-Ministro visitaram a Índia e a China numa tentativa de captar investimento estrangeiro para Portugal e impulsionar as exportações para estes dois países.

Estamos a falar de dois mercados onde toda a gente quer estar, sendo muito difícil a Portugal concorrer com outras potências com maior capacidade de investimento e promoção dos seus produtos. 34.2%

São dois mercados que, bem trabalhados, poderão dar um forte impulso às exportações nacionais e à vinda de investimento para o nosso País. 60.5%

Portugal não possui capacidade de atrair grandes investimentos estrangeiros. 0.0%

As empresas portuguesas, em vez de tentarem explorar mercados para onde toda a gente deseja ir, deveria trabalhar mercados secundários ou onde existem fortes comunidades de emigrantes portugueses. 5.3%

2. Na Índia, a acompanhar a visita do Primeiro-Ministro, José Sócrates, o ministro da Economia, Manuel Pinho, disse: “Portugal é um país competitivo em termos de custos salariais. Os custos salariais são mais baixos do que a média dos países da UE e a pressão para a sua subida é muito menor …”

Estas frases revelam bem a falta de capacidade que Portugal possui em promover-se lá fora. 43.2%

Em vez de mencionar o que Portugal tem de bom, o ministro só veio confirmar o atraso que Portugal possui em relação aos outros países da UE. 37.8%

Esta é uma forma positiva de tentar captar investimento estrangeiro para Portugal. 13.5%

Se até o ministro da Economia utiliza este facto como elemento de promoção no estrangeiro, razão têm os sindicatos quando referem que os salários são baixos em Portugal. 5.5%

3. A APED (Associação Portuguesa de Empresas de Distribuição) apresenta como “cabeça de cartaz” do seu próximo Fórum, o ex-vice-presidente dos EUA, Al Gore.

Para um Fórum onde estarão em discussão temas ligados ao Comércio Moderno, existiam outras personalidades mais interessantes e com conhecimento do sector. 28.9%

É uma forma da APED conseguir atrair mais atenção para o seu Fórum, dada a visibilidade de Al Gore. 18.5%

Esta poderá ser uma forma de trazer para o Fórum uma visão interessante de alguém que não está dentro do sector. 2.6%

Com a crescente preocupação ambiental, também o Comércio Moderno terá de adaptar as suas estratégias e políticas a este tema tão sensível. 50.0%

4. O relatório “Global Powers of Retailing” da Deloitte, vem revelar que, do Top 250, os primeiros 10 classificados do ranking, são responsáveis por 30% das vendas totais no valor de 3.000.000.000.000US$.

Esta situação só revela que os grandes estão cada vez maiores e os pequenos cada vez mais pequenos. 26.3%

A expansão que os grandes grupos retalhistas têm vindo a efectuar em vários países tem contribuído muito para concentração no retalho. 50.0%

Esta é uma situação que tenderá a inverter-se. 0.0%

Com a abertura de novos mercados, nomeadamente China, Índia e Rússia, esta situação tenderá a consolidar-se. 23.7%

5. Num debate promovido pela ANCEVE (Associação Nacional de Comerciantes e Exportadores de Vinhos e Bebidas Espirituosas), discutiu-se a redução das Comissões Vitivinícolas Regionais (CVR´s), avançando o ministro da Agricultura, Jaime Silva, que o desejável seria passar de 15 para 7 CVR´s.

A tipicidade dos vinhos portugueses é tão grande que se corre o risco de a perder com a fusão e concentração das CVR´s. 27.0%

Portugal é tão pequeno que não se justifica o sector estar dividido em tantas CVR´s. 48.6%

A situação é normal para um dos maiores países produtores de vinho do mundo. 5.5%

As CVR´s ainda são demais. Portugal deveria estar dividido em três CVR´s (Norte, Centro e Sul) e uma Indicação Especial para o Vinho do Porto. 18.9%

6. Ao fim de 14 anos de existência, o G7 (agrupamento que congrega 7 das 10 maiores empresas produtoras de vinho de Portugal – Aveleda, Bacalhoa, Caves Messias, Caves Aliança, Finagra, José Maria da Fonseca e Sogrape) perdeu a Sogrape.

Esta situação é um espelho da falta de estratégia e união existente no sector vitivinícola nacional. 47.2%

O G7 irá sofrer muito com a saída da Sogrape, visto tratar-se de um peso-pesado no sector vitivinícola, com vinhos únicos e com uma imagem muito forte a nível internacional, caso do Mateus Rosé. 23.5%

O G7 irá ultrapassar esta crise com a entrada de novos produtores para o agrupamento. 23.5%

As empresas que compõem o G7 poderão até sair beneficiadas com a saída da Sogrape, visto tratar-se de uma empresa com uma dimensão muito superior aos restantes elementos que compõem o agrupamento. 5.8%

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