Bebidas

Cerveja Cintra vendida

Por a 5 de Junho de 2006 as 12:05

SousaCintra

Já se adivinhava o desenlace. Face às nítidas dificuldades de mercado, Sousa Cintra acabou mesmo por alienar a totalidade do capital accionista da Drinkin em favor de Jorge Armindo, empresário que desta forma faz a sua estreia no sector. Menos ambicioso que o seu antecessor, Jorge Armindo pretende atingir uma quota entre sete a oito pontos percentuais, baseando-se para isso no facto de a Cintra ter, a dada altura, chegado a 5% do mercado. Sousa Cintra pretendia pelo menos 10%, mas a verdade é que a marca foi caindo e denotando sérios problemas de distribuição. Como consequência, neste momento tem menos de dois pontos percentuais.

Segundo se sabe, Jorge Armindo pretende definir uma produção anual de 60 milhões de litros/ano (precisamente um décimo do mercado nacional) contra os actuais 25 milhões e, para além do mercado nacional, apostar na exportação, nomeadamente Angola, onde já detém negócios. Este é um dado curioso, pois encerra igualmente alguma problemática, na medida em que outras empresas de bebidas, como a concorrente Unicer ou a Compal, decidiram atacar esse mercado através de produção local, devido aos elevados custos de transporte e à complexidade da operação logística, o que colocava em causa a competitividade das suas marcas. O empresário sugeriu ainda que pretende manter os actuais colaboradores da empresa, que ascendem a 150, uma vez que considera a estrutura racionalizada.