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Central de Cervejas

Por a 1 de Junho de 2006 as 14:00

Central de Cervejas

Como tem evoluído o mercado português no sector das águas engarrafadas?

O mercado das águas em Portugal encontra-se ainda numa fase de maturação. O consumo de água por pessoa tem vindo a aumentar desde 1995 – subiu de 53,2 litros, por ano, para 79 litros em 2004 – e a tendência é para que continue a crescer, visando a segmentação, a diferenciação e a inovação. As razões para tal crescimento passam pela cada vez maior preocupação dos portugueses com uma alimentação mais saudável e equilibrada e uma notória aproximação dos hábitos dos portugueses aos padrões internacionais, reforçando a expectativa de crescimento do consumo por habitante.

Para a SCC esta apresenta-se, pois, como uma excelente oportunidade para reafirmar a liderança da marca Luso, através não só do lançamento de novos produtos, mas sobretudo pela criação de conceitos que permitam preencher lacunas de consumo. Exemplo disso mesmo foi o recente lançamento da Luso Fresh, um novo produto que veio criar o sub-segmento das “águas ligeiramente gaseificadas” (ainda não explorado em Portugal). O principal objectivo é continuar a responder e antecipar as necessidades dos consumidores, aproveitando para tal a confiança que os portugueses depositam na Água de Luso, a qual constitui uma verdadeira referência do mercado e do País.

Que tendências caracterizam actualmente este mercado a nível do consumo e da concepção de produto?

As águas são um mercado em crescimento, fruto não só de preocupações crescentes com a saúde, mas também pelo trabalho desenvolvido por algumas das marcas que nele operam – com especial destaque para Luso, líder de mercado, que em 2005 não só apresentou uma nova imagem e uma inovadora plataforma de comunicação como também criou uma nova categoria – a das águas ligeiramente gaseificadas (Luso Fresh).

Em termos de concepção de produto, e como referido na resposta anterior, a aposta continuará a ser feita ao nível da resposta às exigências e necessidades dos consumidores. O objectivo é antecipar as suas preferências e preencher as lacunas de consumo existentes.

Em relação a novos projectos e lançamentos, o grande objectivo da empresa continuará a passar pela aposta na inovação – nas várias etapas de desenvolvimento dos produtos, desde a detecção de oportunidades no mercado, até ao desenvolvimento e aplicação de novos conhecimentos e tecnologias, passando pela realização de estudos aprofundados da viabilidade/aceitação dos produtos no mercado e pela promoção de uma comunicação coerente e eficaz, permitindo criar assim as condições de competitividade. A ideia é investir em produtos de valor acrescentado e isso passa pelo lançamento de produtos inovadores.

Qual a importância dos canais de Distribuição Alimentar e Horeca (volume e valor) e que estratégias são desenvolvidas para cada um deles?

A Distribuição Alimentar representa 23% em valor e 59% em volume (Ano Móvel ON05), tendo reforçado a sua importância no último ano (tanto em valor como em volume). Quanto ao canal Horeca, representa o restante: 77% em valor e 41% em volume. As estratégias para estes canais passam por desenvolver formatos adequados a cada canal e pelo aumento da distribuição numérica e ponderada no canal Horeca, onde, dada a capilaridade dos pontos de venda, se torna mais difícil ter a representatividade ideal.

Tendo em conta a batalha de preço nos lineares portugueses qual é a estratégia da empresa para gerar valor no mercado?

A estratégia da SCC passa por continuar a produzir produtos de qualidade superior que tragam valor acrescentado às comunidades em que estamos inseridos. Se cumprirmos esta nossa missão e o consumidor nos percepcionar como tal, o preço não é a questão central, mas sim o “value for money”. Cada vez mais os consumidores estão dispostos a pagar um pouco mais para terem mais qualidade e maior segurança para a sua saúde.