Distribuição

Factores a ter em conta antes de colocar uma marca na Distribuição

Por a 13 de Janeiro de 2006 as 19:02

Antes de escoar um produto para a Grande Distribuição é necessário ter em conta numerosos factores. A capacidade de rotação da referência e a inovação que o novo produto oferece ao mercado constituem regras de ouro a ter em conta. Mas antes disso, explica Mário Monteiro, consultor comercial de empresas, ao Diário de Notícias, é necessário ter bem definido a quem se destina o produto, qual é a sua notoriedade actual, assim como a imagem pretendida e o posicionamento do preço.

A notoriedade é fundamental garantir a rotação dos produtos na área de venda, pois o consumidor compra apenas aquilo que conhece. No que diz respeito à imagem pretendida, há que ter em conta, como alerta Mário Monteiro, que «algumas vezes os consumidores gostam de sentir que estão a consumir coisas únicas ou destinadas a um público restrito do qual fazem parte». Neste caso, a Moderna Distribuição não se revela a melhor opção. Também nas marcas destinadas a nichos reduzidos esta não é a escolha mais indicada.

Por último, quanto ao preço, há que ter em conta qual é valor praticado pela marca líder desse produto, uma vez que o consumidor tem tendência a compará-los. Por vezes, para colocar os produtos na Distribuição Moderna torna-se indispensável reduzir a margem de lucro para que a estratégia seja bem sucedida. Seguem as negociações com os operadores das grandes superfícies, nas quais têm de ficar definidos custos fixos, independentes do resultado das vendas e o espaço a ocupar nos lineares. Também, aqui, marcas de elevada rotação e inovadoras tem vantagem perante as restantes, uma vez que ficam colocadas ao nível dos olhos do consumidor, nas extremidades dos corredores ou em espaços improvisados para o efeito (quiosque), ou seja, ocupam lugares de destaque.