Distribuição

… e procura novos mercados

Por a 19 de Setembro de 2005 as 12:00

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A Aldi está em fase de plena expansão ao nível dos mercados internacionais, tendo anunciado a intenção de abrir as primeiras lojas na Eslováquia em meados de 2006 e confirmado a expansão para a Hungria. Depois de três anos sem qualquer inauguração em mercados externos – entrou em Espanha em 2002 – a companhia prepara-se para acelerar o processo de expansão, pois está igualmente prevista a entrada na Noruega, Nova Zelândia, Suiça e… Portugal, países onde inclusivamente já registou domínios online (no caso português é www.aldi.pt). Neste momento, a Aldi opera em 12 países, menos seis que o seu maior concorrente directo, o Schwarz Group, através da Lidl e da Kaufland, o qual tem mostrado muito mais dinâmica em termos de internacionalização. Na verdade, este último operador prepara-se para “atacar” em força, particularmente nas novas economias emergentes do Leste europeu, para além de alguns mercados na Escandinávia, onde os planos também já são conhecidos.

Desde o ano 2000, a Lidl expandiu negócios para oito novos países, sendo esperado agora que faça a sua estreia na Bulgária e Roménia, com a Kaufland, bem como na Estónia, Lituânia, Letónia, Eslovénia e Ucrânia, desta feita sob a chancela Lidl. Dinamarca e Suiça são outros dos objectivos de médio prazo do maior grupo de desconto alimentar em termos mundiais, para além do desenvolvimento e rentabilização das operações já iniciadas.

O caso da Ucrânia, pelo facto de ser igualmente uma perspectiva para o conceito de desconto da Jerónimo Martins, explorado com pleno sucesso na Polónia, merece mais atenção. É um dos países mais pobres da Europa Central e de Leste, mas apresenta um cenário ao nível da Distribuição tão pouco desenvolvido que parece estar a motivar muitos dos operadores. Particularmente nas zonas de maior densidade habitacional – Kiev tem 3,2 milhões de habitantes se incluirmos a periferia – poderão ser alavancas preciosas para o desenvolvimento de negócios no país, o qual é considerado como uma nação com elevado potencial de desenvolvimento, quer ao nível económico quer na evolução de modernos conceitos de retalho. Contudo, o desconto terá que se confrontar com o interesse também já demonstrado por outros grupos relativamente aos mercados do Leste. Tanto as insígnias que exploram hipermercados como até operadores grossistas têm vindo progressivamente a manifestar o seu interesse nestas novas economias emergentes.